• A produtividade total e o tamanho da raiz das cenouras são afetados pelas populações das plantas.
• A medida que a população (taxa de semeadura) aumenta, os diâmetros das raízes diminuem.
Tipos e usos de cenouras
Cenouras são cultivadas comercialmente para diversas finalidades, como mercado de produtos frescos processados (corte e descascamento, fatiamento e corte em cubos). A maioria das cenouras cultivadas no Brasil, usadas para o mercado de produtos frescos, são do tipo Nantes, que em geral têm de 20 a 22 centímetros de comprimento com raízes muito cilíndricas e ponta arredondada. Já nos Estados Unidos, a maioria das cenouras cultivadas, usadas para o mercado de produtos
frescos, de corte e descasque, são do tipo Imperator, que tipicamente têm 20 a 25,4 centímetros de comprimento, com parte superior estreita que se afunila gradualmente até a ponta (Figura 1). Os tipos Chantenay e Danvers têm raízes mais curtas, com diâmetro mais largo e são usadas para mercados de processamento (corte em cubos).
As variedades de cenoura diferem em sua resposta a populações mais elevadas de plantas. Algumas variedades não toleram a grande competição de populações mais altas e respondem produzindo muitas raízes curtas, disformes ou bifurcadas. Algumas variedades produzirão raízes de boa qualidade em populações mais altas do que o padrão.

Figura 1
As cenouras plantadas em menor densidade produzem raízes com diâmetro maior (cenouras à esquerda), mais adequadas para o mercado de produtos frescos ou de fatiamento, enquanto
plantações em maior densidade resultam em raízes adequadas para a produção para corte e descascamento (cenouras à direita).
Requisitos básicos para o plantio
As cenouras são sempre plantadas por semeadura direta, uma vez que o transplante resulta em raízes bifurcadas e disformes.2
As sementes de cenoura são bastante pequenas e demoram a germinar. Como o custo do desbaste manual é caro, as taxas de semeadura devem ser tão precisas quanto possível para atingir as plantas desejadas, com base na viabilidade estimada da semente. No Brasil, a densidade de semeadura está por volta de 3 Kg por hectare, ou seja, de 700.000 a 900.000 sementes/hectare, para variedades destinadas ao mercado fresco. As sementes de cenouras são plantadas em profundidades de 0,5 a 2,0 cm, dependendo do tipo de solo e disponibilidade de irrigação. Maiores profundidades são utilizadas em solos arenosos e leves e menores profundidades são usadas em solos mais pesados.
As profundidades reduzidas também podem ser usadas para canteiros de sementes irrigados onde os níveis ideais de umidade do solo são mantidos e em profundidade de semeadura muito maior que 2,0 cm, as plântulas podem ter dificuldades em emergir ou até mesmo não emergirem.
A germinação é melhor sob temperaturas entre 10° C e 29,4° C, com as taxas de germinação diminuindo rapidamente sob temperaturas acima de 30° C.1,4
O solo em canteiros de sementes deve ser bem preparado para maximizar o contato entre a semente, o solo e a emergência das plântulas, e devem ser tomadas medidas para minimizar a formação de crostas do solo, o que pode interferir significativamente na germinação e reduzir o stand das plantas. O plantio em canteiros elevados é o melhor para a gestão da água, permitindo a drenagem rápida longe da zona radicular e, tipicamente, resulta em uma melhor forma da raiz e pele lisa.
Efeitos da densidade sobre o rendimento e o crescimento
A produtividade, tamanho e qualidade da raiz da cenoura resultam de uma interação entre a variedade utilizada, a população de plantas e as condições de crescimento. O aumento das populações de plantas (taxas de semeadura) resulta em maior rendimento total das raízes até o ponto onde a competição pela água, nutrientes e luz entre plantas individuais começa a baixar os níveis de produtividade. Em menor densidade de plantas, as raízes crescem mais enquanto raízes mais finas são produzidas em densidades mais altas1. Raízes maiores são preferíveis em produção para processamento (corte em cubos), e menores densidades populacionais são usadas para promover a formação de raízes maiores. Na produção para o mercado de produtos frescos, os maiores rendimentos são alcançados com densidades populacionais de (85 a 90 plantas por metro quadrado), ou seja, aproximadamente 520.000 plantas por hectare. São necessárias densidades mais elevadas para manter os diâmetros da raiz em uma faixa apropriada para o processamento para corte e descascamento para produzir cenouras do tipo baby.
As sementes de cenoura podem ser plantadas com semeadoras a vácuo, por correia, ou placa. Para a produção do mercado de produtos frescos, a maioria dos produtores utiliza semeadoras a vácuo para conseguir um espaçamento mais preciso das sementes. Sementes peletizadas ou incrustadas frequentemente são usadas
para melhorar o tamanho e o formato da semente, assim melhorando a uniformidade de espaçamento e resultando em uma raiz com tamanho e forma mais uniforme.
Podem ser utilizados vários arranjos diferentes de linha / canteiro / espaçamento. Um método comum é plantar linhas duplas com 15 a 30 centímetros de distância e 5 centímetros entre plantas, com 3 a 4 conjuntos de linhas, e 35 a 45 centímetros de distância, em um canteiro.

Figura 2
Semeando cenouras em canteiros elevados com uma semeadeira a vácuo com 3 linhas de sementes por canteiro.
As semeadoras de precisão também podem ser usadas para o plantio (Figura 2). Neste sistema, 3 linhas de sementes são espaçadas a 3,8 centímetros de distância,
com 7 a 8 sementes por pé nas 2 linhas externas e 5 a 6 sementes por pé na linha interna.5 A taxa mais baixa é usada quando as taxas de germinação das sementes são superiores a 90% ou quando são desejadas raízes maiores. Quando se utilizam semeadoras de precisão, geralmente são necessárias sementes revestidas. Para a produção para corte e descascamento, as sementes são semeadas em alta densidade, distribuídas uniformemente em faixas largas, de 80 a 100 sementes por pé de canteiro con fileiras de 5 a 25 centímetros de distância, com até 10 fileiras por canteiro.
Fontes
- 1. Swiader, J.M., Ware, G.M., and McCollum, J.P., 1992. Producing vegetable crops. Interstate Publishers Inc., Danville, IL, p. 279.
2. Kelley, W.T., MacDonald, G., and Phatak, S.C. 2009. Commercial production and management of carrots. University of Georgia, UGA Extension, Publication B 1175. - 3. Carrot production in California. University of California Division of Agriculture and Natural Resources Publication 7226
- 4. Sanders, D. 1998. Commercial carrot production: horticulture information leaflet. North Carolina State University Extension.
- 5. Fritz, V., Tong, C., Rosen, C., and Nennich, T. 2013. Carrots – vegetable crop management. Commercial Fruit and Vegetable Production. University of Minnesota Extension. http://www.extension.umn.edu/garden/fruit-vegetable/carrots-vegetable-crop-management/
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